Jovem jornalista afegã hazara fuga: "O mundo nos deixou à mercê de lobos que não têm vergonha de agredir, 🔑 silenciar e matar mulheres"

Na última semana da república afegã, antes da tomada de poder pelos talibãs, a jovem jornalista Mani 🔑 cantou poemas revolucionários público Cabul sobre mulheres, liberdade e justiça. Agora ela está fuga, aguardando a concessão 🔑 de um visto humanitário pelo governo australiano.

Há três anos que a Austrália retirou suas últimas tropas do Afeganistão. Sua presença ao longo 🔑 de duas décadas viu o país emergir das cinzas da guerra civil, abraçar uma relativa paz e uma democracia frágil 🔑 antes de cair de novo na escuridão do fundamentalismo sob os talibãs.

Agora jovens mulheres como Mani estão pagando o preço 🔑 dessa fracassada tentativa de democratização. Assim como outras mulheres afegãs e suas famílias, ela está desesperadamente procurando asilo na Austrália 🔑 - um lugar seguro para viver.

Conheço Mani a anos. Ela é uma jornalista corajosa pertencente à minoria hazara do Afeganistão 🔑 e enfrentou opressão incapacitante sob o Estado Islâmico e os talibãs. Ela foi ameaçada e perseguida pelos terroristas devido à 🔑 sua profissão, ideais e identidade. Mas essa jovem jornalista está se agarrando; lutando contra os militantes com sua reportagem crítica. 🔑 Ela me disse que agora está acabando o tempo, as opções e, mais importante - a esperança.

O mundo nos abandonou 🔑 à mercê de lobos que não têm vergonha de bater, silenciar e matar mulheres

Durante a presença da Austrália de 2001 🔑 a 2024, Mani teve a chance de estudar e sonhar com uma vida cheia de oportunidades e igualdade.

Agora, aos 25 🔑 anos, ela se sente abandonada e sozinha à mercê de um regime que agressivamente removeu mulheres de todas as áreas 🔑 da vida pública.

"Eu tinha um sonho e estava dedicada a nutrir valores de liberdade e igualdade no Afeganistão através da 🔑 poesia e do jornalismo", disse-me por telefone de um local não revelado.

"Mas o mundo 🔑 nos deixou à mercê de lobos que não têm vergonha de bater, silenciar e matar mulheres."

Quando perguntei por que escolheu 🔑 a Austrália para sua solicitação de visto humanitário, ela disse que o país havia sido uma segunda casa para sua 🔑 comunidade hazara, que floresceu e contribuiu enormemente para a sociedade. "Eu sempre admirei [a jornalista australiana de origem afegã] Yalda 🔑 Hakim e quero ser como ela", disse.

Meninas de Resistência e Iluminação é sua poesia favorita; ela a cantou muitas 🔑 reuniões públicas Cabul para alertar sobre a tomada do país pelos talibãs:

Batendo o peito pela liberdade

Segurando a sabedoria

Iluminadas como 🔑 o sol

Cantando por liberdade

Meninas de amor e liberdade

Meninas de resistência e iluminação

O líder supremo dos talibãs, Hibatullah Akhundzada, empoderou a 🔑 unidade de policiamento moral de seu regime para garantir que as mulheres cubram completamente seus corpos - incluindo seus rostos 🔑 - com roupas espessas público.

Esta semana, o regime foi mais além ao introduzir "assustadoras" leis que proíbem mulheres de 🔑 falar público. As leis rotulam as vozes femininas como potenciais instrumentos de "vício" que precisam ser censurados, regulados e 🔑 silenciados.

Isso significa que as mulheres não podem ser ouvidas cantando ou lendo voz alta, mesmo de dentro de suas 🔑 casas. "Sempre que uma mulher adulta sai de sua casa por necessidade, ela está obrigada a esconder sua voz, rosto 🔑 e corpo", dizem as novas leis.

A Austrália condenou este último esforço para silenciar as mulheres e meninas afegãs.

"Nós estamos juntos 🔑 com as mulheres e meninas do Afeganistão, e apoio aos seus direitos humanos", twittou a ministra dos Negócios Estrangeiros, 🔑 Penny Wong, esta semana.

Mas a Austrália está realmente 🔑 fazendo todo o possível para garantir que mulheres vulneráveis e merecedoras como Mani tenham uma chance justa de vida e 🔑 um abrigo seguro?

Mani apresentou sua solicitação de visto no ano passado e só recebeu um número de arquivo fevereiro. 🔑 "Não ouvi nada [do Departamento de Assuntos Internos] desde então", disse-me. "Estou um estado desesperado de espera enquanto minhas 🔑 opções, recursos e esperança estão desaparecendo."

Para parar a erosão drástica dos direitos humanos - e reverter esse curso direção 🔑 à escuridão no Afeganistão - a Austrália deve realmente se juntar às mulheres e meninas afegãs. Isso começa acelerando suas 🔑 solicitações de visto humanitário e dando-lhes a liberdade que elas tanto desejam.

Somente então a Austrália poderá dizer que garantiu que 🔑 as mulheres afegãs possam levantar suas fortes vozes - para nunca serem silenciadas outra vez.