Manifestações contra projeto de lei iraquiano que permite o casamento de meninas de nove anos

Ativistas dos direitos das mulheres no 😊 Iraque protestaram contra um projeto de lei que permite o casamento de meninas a partir dos nove anos. Elas afirmam 😊 que ele "legalizaria o estupro de crianças".

Os grupos religiosos xiitas que dominam o sistema político iraquiano tentaram desgastar os direitos 😊 das mulheres no país há mais de uma década.

No entanto, uma proposta recente, aprovada na primeira leitura do parlamento iraquiano 😊 esta semana, dará poder a autoridades religiosas decidirem sobre assuntos familiares, incluindo casamento, divórcio e cuidados com crianças.

"Isso é uma 😊 catástrofe para as mulheres", disse Raya Faiq, coordenadora de uma coalizão de grupos que se opõem à mudança na lei. 😊 O grupo inclui alguns parlamentares iraquianos.

"Meu marido e minha família se opõem ao casamento infantil. Mas imagine se minha filha 😊 se casar e o marido dela quiser se casar com minha neta quando ela ainda é uma criança. A nova 😊 lei permitiria isso. Eu não seria autorizada a me opor. Essa lei legaliza o estupro de crianças."

Durante protestos organizados pela 😊 coalizão esta semana na capital, Bagdá, e várias outras cidades iraquianas, apoiadores da nova lei confrontaram os opositores e 😊 os acusaram de "decadência moral" e de "seguir agendas ocidentais".

Embora o Iraque tenha proibido o casamento antes dos 18 anos 😊 desde os anos 50, uma pesquisa da UNICEF encontrou que 28% das meninas iraquianas se casaram antes de completarem 18 😊 anos.

Desde 2024, o sistema político iraquiano é dominado pela Coordenação Framework, uma coalizão política de facções alinhadas com o Irã. 😊 Eles aprovaram várias leis orientadas pela sharia, incluindo uma para adotar feriados religiosos e outra que criminaliza pessoas gay e 😊 transexuais no Iraque.

Aman Women's Alliance contra a proposta

"Após as protestos massivas de jovens iraquianos 2024, esses jogadores políticos viram 😊 que o papel das mulheres começou a se fortalecer na sociedade", disse Nadia Mahmood, co-fundadora da Aman Women's Alliance, com 😊 sede no Iraque. "Eles sentiram que as organizações feministas, de gênero e de mulheres, além da sociedade civil e dos 😊 movimentos ativistas, representavam uma ameaça à seu poder e status ... [e] começaram a restringir e suprimir".

Um bloco de 25 😊 mulheres parlamentares tentou impedir que o projeto de lei fosse levado a um segundo voto, mas disseram que enfrentam forte 😊 oposição.

"Infelizmente, os deputados masculinos que apoiam essa lei falam de maneira masculina, perguntando o que há de errado se 😊 casar com uma menor? Seu pensamento é estreito. Eles não levam consideração que eles são os legisladores que determinam 😊 o destino das pessoas ... mas seguem seu pensamento masculino para autorizar tudo isso", disse Alia Nassif, deputada iraquiana.

Manifestantes disseram 😊 que temem que seus filhos enfrentem um futuro ainda mais árduo se as alterações legais forem aprovadas. "Eu tenho uma 😊 filha, não quero que ela seja forçada a se casar como uma criança", disse Azhar Jassim, que teve que deixar 😊 a escola para se casar aos 16 anos.