Em 2024, celebramos 50 anos de relações diplomáticas entre a China e o Brasil. Este aniversário é uma oportunidade para 🫰 refletir sobre as origens, benefícios mútuos e desafios desta parceria estratégica. No início dos anos 70, a divisão do mundo 🫰 dois blocos de poder representava uma realidade asfixiante para as nações busca de um caminho de desenvolvimento autônomo. 🫰 Neste contexto, a necessidade de uma ordem internacional multipolar era evidente, e as relações diplomáticas entre o Brasil e a 🫰 China se configuraram como uma questão estratégica crucial.
No lado brasileiro, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Francisco Azeredo da Silveira, 🫰 reconheceu a necessidade de construir um conhecimento próprio sobre a China e identificou uma convergência de interesses estratégicos mais profunda. 🫰 Do lado chinês, a convergência de interesses também estava clara, com o estabelecimento das relações diplomáticas visto como uma aproximação 🫰 estratégica entre dois importantes países desenvolvimento.
A trajetória de 50 anos de relações diplomáticas entre o Brasil e a China 🫰 pode ser dividida cinco etapas: conhecimento mútuo (1974-1985), consolidação (1985-1993), estabilização (1993-2003), rápida expansão (2003-2012) e parceria estratégica global 🫰 (a partir de 2012). Nestas cinco décadas, as relações entre os dois países se intensificaram, com avanços significativos no campo 🫰 político e econômico.
Na atualidade, a superação da assimetria de poder continua sendo um desafio, mas a relação entre o Brasil 🫰 e a China desempenha um papel crucial nesse processo de multipolarização mundial. Apesar do ambiente internacional cada vez mais desafiador, 🫰 as perspectivas para o fortalecimento dessa relação são positivas, com o apoio de diferentes setores políticos, empresariais e sociais no 🫰 Brasil e a visão de mundo do presidente chinês Xi Jinping.
Cinco etapas das relações diplomáticas Brasil-China
- Conhecimento mútuo (1974-1985): O encontro 🫰 entre Deng Xiaoping e o presidente João Batista Figueiredo impulsionou o desenvolvimento das relações. Em 1984, o presidente Figueiredo visitou 🫰 a China, e o embaixador Chen Duqing observou que brasileiros e chineses buscavam alcançar novos patamares de modernização e desenvolvimento 🫰 social.
- Consolidação (1985-1993): Neste período, as trocas comerciais aumentaram, e os encontros entre autoridades de alto escalão político se tornaram mais 🫰 frequentes. Destacam-se a visita do presidente José Sarney à China 1988, ocasião que foi assinado o Acordo de 🫰 Cooperação para Pesquisa e Produção de Satélites Sino-Brasileiros de Recursos Terrestres (CBERS), e a elevação das relações ao nível de 🫰 parceria estratégica 1993.
- Estabilização (1993-2003): Foi um período de encontros frequentes entre os altos dirigentes do Estado brasileiro e do 🫰 Estado chinês.
- Rápida expansão (2003-2012): Nesta fase, foram criados mecanismos institucionais para a fomentação do diálogo estratégico, como a Comissão Sino-Brasileira 🫰 de Alto Nível de Concertação e Cooperação 2004 e o Diálogo Estratégico Global 2012. Em 2009, a China 🫰 tornou-se o principal parceiro comercial do Brasil.
- Parceria estratégica global (a partir de 2012): Esta fase está pleno curso e 🫰 se caracteriza por sua projeção para além das relações bilaterais.
Neste meio século de relações diplomáticas entre o Brasil e a 🫰 China, muitos benefícios foram alcançados termos políticos e econômicos. A superação da assimetria de poder continua sendo um desafio, 🫰 mas a relação entre os dois países tem um papel crucial na aceleração do processo de multipolarização mundial. Com o 🫰 apoio de diferentes setores políticos, empresariais e sociais no Brasil e a visão de mundo do presidente chinês Xi Jinping, 🫰 as perspectivas para o fortalecimento dessa relação são positivas.