Inundações Rio Grande do Sul: uma catástrofe climática no Brasil

Quando as fortes chuvas começaram a 🫦 inundar seu bairro, Cristiane Batista, de 34 anos, pegou seus três filhos, algumas mochilas e seu telefone celular e esperou 🫦 na porta, esperando ser resgatada pelos caminhões municipais preparados para evacuar a população de Muçum, no estado do Rio Grande 🫦 do Sul, no Brasil.

"Eu estava terrificada. A casa estava prestes a transbordar. Tínhamos que 🫦 sair dali", diz ela.

Batista, seu marido, Jeferson, de 34 anos, e seus filhos – 🫦 que variam idade de um a oito anos – já foram vitimas do clima extremo do estado mais meridional 🫦 do Brasil duas vezes no ano passado. Em setembro de 2024, Muçum e seus cerca de 5.000 habitantes foram o 🫦 centro da devastação causada pelas enchentes, que deixaram incontáveis pessoas sem-teto, incluindo 15 pessoas uma única casa Muçum. 🫦

"Nós perdemos tudo", ela diz.

Dois meses depois, a cidade 🫦 foi atingida por outra forte tempestade. A chuva destruiu móveis e eletrodomésticos e deixou paredes manchadas de lama. Após perder 🫦 tudo pela terceira vez, ela diz que não tem forças para continuar morando na cidade.

Um desastre climático sem 🫦 precedentes

O estado do Rio Grande do Sul, casa de quase 11 milhões de pessoas, testemunhou a 🫦 crise climática mais extensa de sua história e uma das maiores do Brasil recente.

Em 🫦 apenas dez dias no final de abril e início de maio, a região registrou entre um terço e quase metade 🫦 da precipitação anual prevista – entre 500 e 700 milímetros, dependendo da localidade, de acordo com medições da Metsul Meteorologia. 🫦

A tempestade causou o transbordamento dos rios Taquari, Caí, Pardo, Jacuí, Sinos e Gravataí – 🫦 afluentes do Guaíba.

De acordo com a Defesa Civil, mais de 100 pessoas morreram, mais 🫦 de 130 estão desaparecidas e quase 400 ficaram feridas 425 municípios afetados.

Mais de 🫦 232 mil pessoas deixaram seus lares: 67 mil estão abrigos, e 164 mil estão sem-teto ou morando temporariamente com 🫦 parentes ou amigos. Cidades como Eldorado do Sul, Roca Sales e Canoas foram parcialmente inundadas, e vilarejos como Cruzeiro do 🫦 Sul foram devastados o que o governador do estado, Eduardo Leite, descreveu como "a maior catástrofe de todas". 🫦

A falta de preparação para o inevitável

A cidade de Porto Alegre, a capital do estado e 🫦 uma das maiores centros urbanos do Brasil, é uma das piores afetadas. Em 5 de maio, o nível do Rio 🫦 Guaíba, que passa pela cidade, alcançou um recorde de 5,35 metros, superando os 4,76 metros alcançados durante as enchentes históricas 🫦 de 1941.

Bairros próximos ao rio foram inundados. O aeroporto fechou, e as usinas de 🫦 energia e tratamento de água caíram, causando escassez de energia e água potável várias áreas. Uma barragem um 🫦 subúrbio norte falhou e inundou uma grande parte da cidade.

Vista de um helicóptero do 🫦 exército, a cidade vizinha de Eldorado do Sul parece um conjunto de canais estendendo-se ao longo de finas listras de 🫦 terra e edifícios. Cerca de 90% da cidade estão submersos. Às margens da BR-290, uma das principais rodovias do sul 🫦 do país, centenas de pessoas estão à espera de transporte para abrigos.

O que causou a catástrofe

🫦 Infraestrutura é chave para entender o que aconteceu na capital do estado, diz Goldenfum, explicando que uma extensa rede 🫦 de 68 quilômetros de diques, comportas, um muro de contenção no cais e mais de 20 bombas de drenagem evitaram 🫦 uma situação mais séria. No entanto, a falta de manutenção do sistema de proteção contra inundações ao longo dos anos 🫦 pode ter sido um fator.

"Este sistema funcionou bem, mas ele já mostrou problemas de 🫦 selagem", diz ele. "As comportas e as casas de bombas já mostraram fraquezas. Houveram problemas de manutenção, então o sistema 🫦 não cumpriu."

cheias extremas eram relativamente pouco comuns no Rio Grande do Sul. No entanto, 🫦 cientistas acreditam que os fatores climáticos estão agora acelerando tais eventos.

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Encerrado Conclusão

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