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Por Cassiano Pinheiro, Flávio Dilascio e 🌟 Marcelo Barone — Rio de Janeiro
23/07/2024 12h57 Atualizado 23/07/2024
Se os Jogos Olímpicos de Paris 2024 estarão 🌟 bem próximos de uma equidade de gênero, muito se deve às lutas femininas de décadas passadas. Para se ter uma 🌟 ideia, em 1924, na última edição das Olimpíadas em Paris, apenas 135 mulheres entre 3.089 atletas puderam representar 🌟 seus países no maior evento esportivo do planeta. No Brasil, pioneiras como Maria Lenk e Aída do Santos abriram espaço 🌟 para que mais mulheres surgissem no cenário olímpico brasileiro.
Histórias Olímpicas #6: a evolução da presença feminina desde a 1ª edição 🌟 dos Jogos
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A evolução da presença 🌟 feminina nas Olimpíadas é o tema do 6º e último episódio da série "Histórias Olímpicas", que foi ao ar ao 🌟 longo do mês no programa Redação Sportv.
- A primeira fase dos Jogos Olímpicos, para mim, vai de 1896 a 1912. 🌟 Aquilo era um reflexo da sociedade naquele momento. Era uma sociedade masculina, as mulheres estavam restritas ao convívio privado, então 🌟 elas eram belas, recatadas e do lar. As poucas mulheres que estavam nos Jogos Olímpicos nessa época eram envolvidas com 🌟 lutas feministas - afirmou a coordenadora do grupo de estudos olímpicos da Escola de Educação Física e Esporte da Universidade 🌟 de São Paulo (EEFE-USP), Katia Rubio.
De fato, as mulheres tiveram de percorrer um longo caminho no esporte olímpico até chegarem 🌟 ao momento atual. Depois que as Olimpíadas de Atenas 1896 foram realizadas com a presença de atletas apenas do sexo 🌟 masculino, Paris 1900 experimentou a inclusão de 22 mulheres naquela edição dos Jogos.
A primeira atleta a disputar uma competição em 🌟 Jogos Olímpicos foi a americana natualizada suíça Hélène de Pourtalès. Hélène, que também era condessa, participou das provas de 🌟 vela do 22 de maio de 1900. Ela ganhou um ouro e uma prata naquela Olimpíada.
Hélène de Pourtalès, a primeira 🌟 mulher a disputar uma Olimpíada —
: Reprodução
Os movimentos feministas no mundo e no esporte, incluindo a participação cada vez 🌟 mais significativa de mulheres no Movimento Olímpico, fez com que o número das atletas nas competições aumentasse gradualmente, até atingir 🌟 picos de crescimento em Los Angeles 1984, com 23%, seguido por 44% em Londres 2012, e 48% em 🌟 Tóquio 2024.
No Brasil, a pioneira em participações em Jogos Olímpicos foi a nadadora Maria Lenk, que, em 🌟 Los Angeles 1932, tornou-se a primeira atleta sul-americana a disputar uma Olimpíada.
- Maria Lenk é um símbolo muito forte 🌟 para o esporte brasileiro. Ela foi pioneira em muitas coisas, ela trouxe para o Brasil o nado artístico e 🌟 abriu portas para que muitas outras mulheres conquistassem o seu espaço no esporte brasileiro - destacou a jornalista e escritora 🌟 Eliana Alves Cruz.
Maria Lenk, a primeira sul-americana a disputar os Jogos Olímpicos —
: Bettmann / Colaborador via Getty
- Maria 🌟 Lenk é uma mulher filha de imigrantes alemães, que chega ao Brasil com uma cultura esportiva já sedimentada na Europa 🌟 e tanto ela como sua irmã são incentivadas pelo pai a praticar esporte. Então Maria Lenk nadava no Rio Tietê, 🌟 naquele momento próprio para natação, até se tornar uma atleta de ponta - complementou Katia Rubio.
Falecida em 2007, Maria 🌟 Lenk ainda disputou as Olimpíadas de Berlim 1936.
O legado de Aída dos Santos
Apesar do pioneirismo de Maria Lenk, o Brasil 🌟 demorou a ampliar a presença feminina nas suas delegações olímpicas. Nos Jogos de Tóquio 1964 e da Cidade do México 🌟 1968, a carioca Aída dos Santos foi a única mulher a representar o Brasil. Com pouco apoio e sem voz 🌟 com dirigentes, Aída conquistou um histórico quarto lugar no salto em altura em 1964.
- Aída chegou muito nova 🌟 à seleção brasileira de atletismo. Com os seus ótimos resultados, ela logo acessou os Jogos Pan-Americanos e as Olimpíadas. Só 🌟 que esse talento vai encontrar algumas interdições até hoje muito comuns no esporte brasileiro - revelou o doutorando em 🌟 educação física pela USP e membro da Academia Olímpica Brasileira, Neilton Ferreira Junior.
Aída dos Santos competindo nos Jogos Olímpicos de 🌟 Tóquio, em 1964 —
: Reprodução/COB
- A Aída não teve uniforme e ficou apartada da delegação. Muitas vezes ela 🌟 precisou treinar descalça e competir com sapato inadequado. Aída só começou a receber atenção da delegação quando ela começou a 🌟 ultrapassar as fases eliminatórias. E ela não foi para o pódio por apenas uma posição. Se Aída tivesse treinado, sei 🌟 lá, um mês com o sapato certo, se ela tivesse tido um aparato correto, ela poderia ter sido campeã. Foi 🌟 um quarto lugar com sabor de ouro - disse Eliana Alves Cruz.
As primeiras medalhas femininas do Brasil
A luta de Aída 🌟 não foi em vão. Décadas depois, em Atlanta 1996, o Brasil conquistava as suas primeiras medalhas femininas com 🌟 um pódio duplo no vôlei de praia - ouro para Jaqueline/Sandra e prata para Mônica/Adriana. Naquela mesma Olimpíada, a seleção 🌟 feminina de vôlei de quadra também subiu ao pódio ao ficar com o bronze. Ainda deu tempo para o basquete 🌟 feminino, de Hortência e Magic Paula, faturar uma prata. Tais feitos colocaram o esporte olímpico brasileiro numa nova era.
- Os 🌟 Jogos de 1996 representaram uma redenção das mulheres. Até 1980 as mulheres vinham subindo em termos numéricos na delegação 🌟 brasileira, mas elas não tinham um resultado equivalente aos homens porque elas não tinham treinamento adequado. Até então havia aquela 🌟 ideia de que o treino das mulheres deveria ser dado dentro daquele padrão de fragilidade. E as mulheres provaram que, 🌟 se tiverem o treinamento adequado, elas podem chegar na ponta - comentou Katia Rubio.
Jaqueline e Sandra no lugar mais alto 🌟 do pódio em 1996; Adriana e Mônica ficaram com a prata —
: Arquivo / COB
As décadas seguintes confirmaram 🌟 a fala da pesquisadora. Com mais infraestrutura e melhores condições de desenvolvimento, as mulheres trouxeram para o Brasil mais 33 🌟 medalhas, sendo nove nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2024. Para Paris 2024, as perspectivas são melhores ainda.
- A ascensão de 🌟 referências no esporte feminino como a Rebeca Andrade, por exemplo, isso faz com que mais e mais meninas pratiquem esporte. 🌟 E é assim que a gente vai mantendo um padrão de excelência por décadas e décadas. Sabemos que ainda temos 🌟 muito a evoluir, no esporte e na sociedade, mas hoje felizmente temos um mundo menos desfavorável às mulheres - finalizou 🌟 Eliana Alves Cruz.
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